Financiamento da casa própria, você sabe o que precisa?
26/07/2019 - Leia nosso artigo e perca o medo do financiamento e abra as portas para sua casa nova!
Geralmente os financiamentos são realizados por bancos, eles pagam o valor do imóvel para a construtora, ou atual dono do mesmo e depois, o financiador fica pagando ao banco as parcelas até saldar o valor negociado. O imóvel só pode ser vendido depois da dívida ser quitada. Por isso, é importante se informar adequadamente para tomar a decisão que melhor se encaixe não só na sua situação atual, mas nas expectativas para o seu futuro.
Compromentimento da renda
O ideal é que a prestação do financiamento comprometa no máximo 20% da renda atual declarada. Ou seja, um profissional com salário mensal de R$ 1.000,00 pode pagar no máximo R$ 200,00 por mês. Alguns bancos aprovam o crédito com comprometimento até 30%, mas é sempre bom evitar uma parcela que comprometa muito da renda.
Condições de financiamento
Geralmente os financiamentos não são feitos em cima do valor total do imóvel. Normalmente há uma entrada de 10 a 30% do valor, isso varia de banco para banco. Mas o que os diferencia relamente são as condições de pagamento, como as taxas de juros cobradas, a duração dos contratos e quanto do valor do imóvel pode ser financiado. Fique atendo! Para os imóveis vendidos na planta há uma grande vantagem que é a entrada ser parcelada diretamente com a incorporadora.
Como pedir o financiamento
Primeiramente, além dos documentos básicos como RG e CPF você deve apresentar a sua comprovação de renda. Isso indicará sua capacidade de pagamento das prestações, pois o valor delas não pode ser maior que 30% da renda familiar bruta, como vimos anteriormente. Depois disso é feita uma análise cadastral, que é a verificação no cadastro de inadimplentes.
Se não houver problemas, é aprovada a liberação do crédito para o financiamento. Importante: o dinheiro ainda não é liberado nesse momento, esta é uma análise inicial.
Avaliação do imóvel
O próximo passo, depois da análise inicial de crédito é a avaliação do imóvel a ser financiado.
Com esses dois parâmetros aprovados, o banco elabora o contrato e pede que comprador e vendedor assinem o documento. O contrato deverá ser registrado em cartório e levado à agência bancária. Agora sim, depois desses passos é liberado o crédito, e o vendedor é pago. Com isso, o comprador começa a pagar as prestações mensais para quitar sua dívida com o banco. Normalmente, a primeira prestação vence 30 dias após a assinatura do contrato, mas pode variar conforme o banco.
Tipos de financiamento / Amortização
O mercado trabalha com dois modelos: a Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), e a Tabela PRICE, ou amortização crescente. Na tabela SAC, a prestação cai mês a mês. Já na PRICE, ela sobe ao longo do tempo.
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Pelo FGTS
O financiamento com a utilização do FGTS faz parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Só podem participar pessoas com uma determinada renda familiar máxima, valor que varia de acordo com a região do país. E deve-se considerar o valor do imóvel e o do financiamento pois, eles têm limites e variam periodicamente. As taxas de juros cobradas nesse caso também são mais baixas que no SBPE, devendo obedecer a um limite. Para saber mais sobre as regras de utilização do FGTS.
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Pelo SBPE
No SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), ao contrário do financiamento com utilização do FGTS, não há limite de renda. Além disso, quando o valor do imóvel financiado está nos limites do SFH, as taxas de juros não podem ser superiores a 12% ao ano. Quando o financiamento é realizado pelo SBPE, mas fora dos limites do SFH, essas taxas de juros podem ser maiores que 12%.
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Pela CONSTRUTORA
Os financiamentos feitos diretamente com as construtoras, geralmente tem a vantagem de ter mais flexibilidade nas negociações. Normalmente não há limites de valor a ser financiado, renda ou taxas de juros. A desvantagem é o risco maior para o comprador.
Por isso é importante a solicitação da certidão de ônus reais, que pode ser obtida em qualquer cartório. Para retirá-la, é preciso informar o endereço da casa ou apartamento. Se a empresa falir, e o banco quiser o imóvel como pagamento, a certidão é o comprovante que o comprador tem para se proteger. Lembre-se: antes de entrar em um financiamento deste tipo, é importante verificar se a construtora tem alguma irregularidade com a Justiça.
Geralmente, a garantia do financiamento é o próprio imóvel, mas existem dois regimes diferentes: a alienação fiduciária e a hipoteca.
Documentação
Cada banco ou instituição pode ser a sua lista de documentos exigidos, mas em geral são estes os que serão solicitados:
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RG (Carteira de Identidade), original e cópia
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CPF (Cadastro de Pessoa Física), original e cópia
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Comprovante de estado civil, cópia e original
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Comprovante de renda, original e cópia
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Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e Dívida Ativa da União ou Certidão Conjunta Positiva com Efeito de Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e Dívida Ativa da União
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No caso de autônomos, pode-se comprovar a renda através do contrato de prestação de serviços, declaração do Imposto de Renda, declaração do sindicato da categoria, recibo de recebimento por trabalhos prestados ou uma Declaração Comprobatória de Recepção de Rendimentos (Decore), feita por contador
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Para quem não tem conta em banco: deve-se preencher uma ficha de cadastro sob orientação do gerente, que irá informar quais são os documentos necessários para cada caso.
E se eu parar de pagar antes de quitar minha dívida?
O banco com qual vocês fez o financiamento poderá entrar com uma ação judicial para ficar com o imóvel, que será leiloado. Com o valor do leilão o banco quitará a sua dívida e as despesas judiciais. O valor que restante, se sobrar, é devolvido ao consumidor.
Antes de comprar o seu imóvel, pesquise qual o melhor banco para o seu financiamento, pesquise sobre a construtora a qual pretende comprar o imóvel, e faça as contas. A maioria dos bancos oferecem simuladores de financiamento imobiliário online, sem qualquer obrigação: Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander.
E lembre-se é muito imprescindível você se informar sobre as novidades do mercado imobiliário, como mudanças nas regras da Caixa, novas linhas de crédito ou normativas do Banco Central que tratam do assunto.